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Pessoas de tecnologia: nem só de conhecimento técnico se sobrevive no mercado de trabalho

Atualizado: 29 de nov. de 2022



Caso você seja da área de recrutamento e seleção, imagino que já tenha passado por alguma situação em que uma liderança estava precisando preencher uma vaga com muita urgência. Nesse momento, você talvez tenha enviado algumas pessoas candidatas para a entrevista técnica as quais não necessariamente estavam alinhadas com a cultura da empresa ou tinham as habilidades comportamentais necessárias para entrar, mas tinham as habilidades técnicas, então, pela urgência, você resolveu enviá-las. Uma dessas pessoas entrou na empresa mas, depois de alguns meses, ela teve que passar por acompanhamento e precisou ser desligada pois ela não tinha as soft skills necessárias para executar suas funções como esperado.


Sendo você uma liderança, talvez já tenha passado por uma situação semelhante. Mas, do seu lado, você recebeu pessoas candidatas as quais não te agradaram por inteiro, entretanto, algumas delas tinham as habilidades técnicas necessárias e você precisava preencher essa vaga com muita urgência. Das pessoas que você recebeu, selecionou a menos desalinhada. Essa pessoa entrou na empresa mas, depois de alguns meses, ela teve que passar por acompanhamento e precisou ser desligada, pois ela não tinha as soft skills necessárias para executar suas funções como esperado.


Segundo o relatório Global Talent Trends de 2019 do LinkedIn, 89% dos recrutadores acreditam que uma contratação ruim geralmente se resume à falta de soft skills.


De acordo com o relatório “The Future of Work 2021: Global Hiring Outlook”, quando solicitados a identificar as habilidades mais importantes que procuram nos funcionários, a maioria dos empregadores relatou serem as soft skills, incluindo confiabilidade, colaboração, flexibilidade e resolução de problemas.


O que são hard e soft skills?


Hard skills são habilidades técnicas que, geralmente, estão especificadas em uma vaga de emprego. Esses, são conhecimentos que os profissionais costumam adquirir através de cursos técnicos, treinamentos ou graduação. Domínio de Java, excel avançado e proficiência em inglês são alguns exemplos de hard skills.


Já as soft skills são habilidades comportamentais, a exemplo de resiliência, colaboração, comunicação e liderança. São habilidades subjetivas que são mais difíceis de serem analisadas por uma liderança ou pessoa de recrutamento e que costumam ser adquiridas por meio de experiências ao longo da vida.


Segundo Lucedile Antunes, coach e consultora em gestão organizacional, “quando temos essas habilidades comportamentais bem desenvolvidas, conseguimos por exemplo: vender muito melhor as nossas ideias, nos comunicar com clareza, gerenciar nossas emoções quando praticamos a empatia, sermos resilientes quando temos a capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos, adaptarmos às mudanças e resistirmos à pressão, trabalhar em equipe, termos iniciativa e motivação, entre diversas outras características”.


Mas, ainda que as empresas estejam cientes da importância dessas habilidades interpessoais, pesquisas apontam que 9 em cada 10 profissionais são contratados por suas hard skills, competências técnicas, e desligados em razão de suas soft skills.


O que esse número diz sobre o nosso processo e cultura de recrutamento?


Ao passo que o mercado de trabalho entende as habilidades comportamentais como algo fundamental na contratação de um profissional, é possível notar que grande parte dos negócios ainda não possuem um processo e uma cultura de recrutamento e seleção madura o suficiente para se obter assertividade na contratação de profissionais.


Ao olharmos para a área de tecnologia da informação, o problema se torna ainda mais complexo. Segundo um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil necessitará de 420 mil profissionais de TI até 2024, apontando também que somente 46 mil profissionais se formam na área anualmente.


Dessa maneira, ao recrutar profissionais de TI, o foco tem sido principalmente nas habilidades técnicas e essenciais, como análise de dados, inteligência artificial, entre outras, dando, assim, pouca importância às habilidades pessoais. Acarretando, dessa forma, os problemas de desligamento anteriormente citados.


“As habilidades pessoais oferecem às pessoas a capacidade de navegar em um ambiente de negócios em constante mudança” - Lucedile Antunes


Para se aprofundar ainda mais nesse tema e entender o que fazer para garantir que a cultura da empresa e as habilidades interpessoais sejam de fato avaliadas dentro do processo de recrutamento e seleção, clique aqui.




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