6 TED Talks que toda pessoa recrutadora deveria assistir
Nos dias de hoje, é possível consumir conteúdos de diversos formatos e através de inúmeras plataformas. Você pode aprender muita coisa através de blog posts, e-books, podcasts, eventos, webinars, cursos online, palestras, entre vários outros. Tudo vai depender da sua preferência e da forma com que você melhor absorve novas ideias.
Um formato não tão recente, mas que ainda se faz presente no dia a dia de muitos profissionais, são as palestras TED. Já ouviu falar?
TED (acrônimo das palavras tecnologia, entretenimento e design) é uma série de conferências realizadas em diferentes partes do mundo, destinada à disseminação de ideias. Essas ideias são difundidas através de apresentações curtas, de até 18 minutos, e divulgadas na internet.
Aqui, queremos te apresentar 6 palestras TED as quais em muito podem contribuir para o seu desenvolvimento enquanto pessoa recrutadora - ou enquanto qualquer profissional envolvido no processo de talent acquisition - dentro do negócio.
1. Why the best hire might not have the perfect resume | Regina Hartley
[Por que a melhor contratação pode não ter o currículo perfeito]
Enquanto pessoas recrutadoras ou lideranças, estamos acostumados a receber um enorme número de currículos e, dentre as centenas ou até milhares de candidaturas para uma vaga, é necessário fazer um filtro para mover uma pequena parte desses talentos para a etapa seguinte do processo seletivo. Neste momento de filtro, imagino que você costuma saber muito bem quem procura e tem em mente o currículo perfeito para a vaga mas, essa palestra da Regina Hartley, pode te desafiar a fazer algo diferente.
“Um currículo conta uma história”, diz Regina, “e, com o tempo, eu aprendi algo sobre as pessoas cuja experiência parece uma colcha de retalhos. O que aprendi me faz parar e analisar muito bem, antes de descartar o currículo delas.”
A apresentadora ainda comenta que “uma série de empregos temporários pode indicar inconstância, falta de foco, imprevisibilidade, ou pode indicar muita luta e perseverança. No mínimo, essa pessoa merece uma entrevista.”
Para nos fazer refletir ainda mais, Hartley fala sobre a descoberta de um fenômeno notável e inesperado, que os cientistas chamam de ‘crescimento pós-traumático’.
“Existe uma noção de que o trauma traz sofrimento, e se dá muita atenção à disfunção resultante. Mas estudos sobre a disfunção revelaram um aspecto inesperado: até as piores circunstâncias podem trazer crescimento e transformação”.
Ela encerra com uma dica valiosa. “Empresas comprometidas com a diversidade e práticas de inclusão, tendem a apoiar talentos que passaram por adversidades na vida, e a superar concorrentes.”
2. 10 ways to have a better conversation | Celeste Headlee
[10 maneiras de ter uma conversa melhor]
Você já parou de seguir alguém nas redes sociais porque essa pessoa postou algo ofensivo sobre política ou religião? Ou já evitou alguém por simplesmente não querer conversar com ela, já que as suas opiniões em determinado tema divergem completamente das dessa pessoa?
“Pew Research fez um estudo com 10 mil norte-americanos adultos e descobriu que, neste momento, estamos mais polarizados, mais divididos, do que jamais estivemos na história”, comenta a apresentadora de rádio e entrevistadora profissional.
Segundo Celeste, nós estamos menos propensos a ceder, o que significa que não estamos ouvimos uns aos outros. Conversar requer um equilíbrio entre falar e ouvir e, em algum momento, nós perdemos esse equilíbrio, diz ela.
Ao longo da sua palestra, Headlee ensina como falar e como escutar a partir das suas dez regras básicas.
“Como entrevistadora profissional, eu uso exatamente as mesmas habilidades que uso em minha vida pessoal. Portanto, vou lhes ensinar como entrevistar pessoas, e isso, na verdade, vai ajudá-los a serem melhores ‘conversadores’.”
“Saiam, conversem com as pessoas, ouçam as pessoas e, mais importante ainda, preparem-se para se surpreenderem”.
3. How we can use the hiring process to bring out the best in people | Gil Winch
[Como podemos usar o processo de contratação para extrair o melhor das pessoas]
Nesta apresentação, Gil Winch, psicólogo, consultor organizacional e palestrante, comenta o que, em sua visão, seria uma entrevista tradicional de emprego.
“É basicamente um interrogatório unilateral de alta pressão e quase uma garantia de tensão psicológica significativa”.
“Por ironia”, diz Gil, “procedimentos tão estressantes podem ocultar o verdadeiro potencial de uma pessoa, fazendo-nos ignorar muitos candidatos que poderiam ser ótimos colaboradores”.
A estratégia que o apresentador traz tem como objetivo mudar o modo de entrevistar e selecionar candidatos para revelar talentos e potenciais ocultos.
“Se você quiser avaliar o verdadeiro potencial de um candidato, veja o desempenho dele em seu melhor momento, não no pior, que é quando ele está calmo e relaxado, sem estresse e nem ansiedade.”
4. Business Storytelling Made Easy | Kelly Parker
[‘Business Storytelling’ de maneira fácil]
Você se lembra da primeira vez que ouviu uma história realmente boa?
Segundo Kelly, “histórias não são apenas para livros ou filmes, elas são uma das forças mais poderosas do planeta para conectar, persuadir e influenciar nossa mentalidade, crenças e comportamentos. E é por isso que histórias são uma das ferramentas mais importantes de marketing e liderança.”
Ao longo da sua apresentação, Parker comenta sobre vários exemplos os quais comprovam que histórias são capazes de criar conexões poderosas e afetar o comportamento das pessoas.
"As histórias são mais do que histórias, elas conseguem conectar você à solução na mente das pessoas, para que, quando você apresentar a sua solução ou proponha a sua oferta, eles digam: ‘já era hora! Eu estava esperando por isso!’. E, depois de contar a sua história, com toda a confiança do mundo, pergunte, convide, proponha, porque a essa altura, se você encontrou as pessoas certas, o próximo passo que você está sugerindo é algo que eles vão querer tanto quanto você”.
5. How to reduce bias in your workplace | Kim Scott + Trier Bryant
[Como reduzir o preconceito em seu local de trabalho]
“Todos nós temos preconceitos. Eles são o conjunto de pressuposições que fazemos e as coisas que não reparamos sobre as etnias, os gêneros, a religião das pessoas, a sua orientação sexual e outras características. Provêm da parte da nossa mente que salta para conclusões que nem sequer temos consciência.”
As co-fundadoras da ‘Just Work’ comentam que o preconceito dentro de uma equipe impede uma boa colaboração, desempenho e tomada de decisões. Além de criar uma taxa invisível de ressentimento e frustração.
Ao longo da palestra, Kim e Trier explicam sobre 3 passos utilizados por seu time para quebrar o preconceito dentro de uma equipe:
I. Criar um vocabulário comum/compartilhado;
II. Criar uma norma de como reagir quando o nosso preconceito é apontado;
III. Comprometer-se a interromper o preconceito pelo menos uma vez a cada reunião.
Quando a sua organização começa a cortar o preconceito pela raiz, sua cultura se torna mais inclusiva, assim como seus processos de recrutamento e seleção.
6. Why we hire 'unemployable' people | Mike Brady + Dion Drew
[Por que contratamos pessoas 'não empregáveis']
Mike Brady, então CEO da Greyston Bakery, gerenciou durante muitos anos uma equipe de pessoas as quais a maioria dos recrutadores nunca contrataria.
Com uma equipe de condenados, viciados, imigrantes e desempregados, a equipe da Greyston Bakery faz 35 mil libras de brownies por dia. Esta é uma fábrica com fins lucrativos que tem contratado o que muitas pessoas chamam de ‘não empregáveis’ nas últimas três décadas.
A sua organização e o seu time podem não estar prontos para fazerem o mesmo, para “contratar qualquer um que venha até a porta da frente da padaria”, mas a apresentação realizada por Brady traz argumentos importantes para ampliar a abertura de suas buscas de talentos - é bom para a comunidade e, considerando o quão difícil é encontrar talentos nos dias de hoje, é bom para o negócio também.
“Hoje, o objetivo duplo da Greyston é fazer produtos lucrativos de alta qualidade, mas também ajudar a erradicar a pobreza em nossa comunidade de Southwest Younkers.”
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